quinta-feira, 18 de agosto de 2011

Sabe o que escutei esta manhã quando passeava com a Isadora e o Bob?
"Queria ter uma mãe assim, que pudesse cuidar de mim, mas ela tinha que trabalhar!"
E isso de um senhor, que pelo tom de sua voz demonstra que carrega uma mágoa enorme em seu coração...
Pronto, isso me fez refletir e querer partilhar:
Quando tinha 15 anos meu sonho era: estudar, ter sucesso profissional e, quem sabe, casar.
Com 20 anos ainda pensava no sucesso profissional e, quem sabe casamento.
Com 30 anos estou casada, sou mãe e minha prioridade agora é minha família.
Muita coisa mudou.
Optei por aquilo que o mundo moderno não prega mais: a presença materna dentro de casa. Mas até ver com esses olhos passei por um longo processo.
Não tenho pretensão de acertar 100% na educação de nossos filhos (sim, porque estamos no primeiro, mas queremos mais), mesmo porque acertar sempre não é característica do ser humano.
Mas, olhando para a história, vi muito mais casos de sucesso com a presença materna do que sem. Mas também, sei que o importante não é o tempo ao lado do filho, mas sim, a qualidade do tempo investido nele.
Muita gente diz que é fácil pois o Nando deve ganhar bem.
E eu digo, ganhar bem é quando não falta comida na mesa e se consegue pagar as contas básicas.
O que acontece com a maioria das mulheres, ao menos minhas amigas, é que vivem procurando os por quês, dizem que precisam trabalhar para conseguir dar uma vida melhor ao filho, educação entre outros. Com isso deixam os filhos na creche um dia inteiro e ao mesmo tempo, tem carro do ano, roupinha da moda, nutricionista, manicure/pedicure, entre outros e se esquecem que, melhor do que comer uma bolacha recheada é comer um pedaço de pão ao lado da mamãe e do papai.
Bom, mas existe sim, caso real de necessidade e aí é outra história.
A mulher moderna corre o risco de ficar sobrecarregada e o pior carregar consigo o peso da CULPA, pois ela foge da sua essência.
Se pudesse te dar um conselho diria: Escolha a melhor parte!

Acompanhar de pertinho o descobrimento do mundo por seu filho e auxiliá-lo nisso: não tem preço!






2 comentários:

  1. Ju, sabe que sempre que leio os seus posts eu fico pensando em como as coisas mudaram pra gente, e hoje você discorre exatamente sobre parte desse processo. E digo pra gente porque eu também sinto que mudei. Acho que você sempre teve mais claro o que queria da vida, mesmo nos momentos em que mudou o sentimento do que deveria ser a prioridade, do que eu, hehe.

    Eu acho que o importante é se conhecer, de verdade. E isso não é um processo indolor. Ser honesto consigo mesmo, reconhecer suas limitações e defeitos enquanto ser humano não é simples. Mas quando você consegue fazer isso não só viver fica mais fácil mas ser feliz, amar-se e aos outros também.

    O que eu sei dizer sobre mim hoje é que sei sim o que quero, e comparando com o seu relato, certamente a maternidade está nos meus planos, bem próximos inclusive, rs. Mas por me conhecer eu sei que outras esferas da vida são importantes pra mim, como o trabalho. Mas no meu caso não pela grana, e sim porque é parte da minha realização, é parte do que me faz feliz e ser a pessoa que eu sou. E sem isso eu deixo de ser eu mesma e sinto que isso me muda tanto ao ponto de afetar meus relacionamentos, inclusive o amoroso claro. Acho que não tem oito ou oitenta, não tem certo ou errado. Conheço mulheres que são genuinamente felizes solteiras, casais que são felizes e tem uma harmonia invejável sem filhos. Obviamente não é o que eu tenho como ideia de felicidade pra mim, mas isso me ajuda a lembrar que pra felicidade não tem receita de bolo. E acho que não tem a ver com modernidade, tem a ver com os sinais que a sociedade em que vivemos nos envia. O que eu tento fazer é filtrá-los, seguir o que os meus valores, princípios e coração manda =)

    Chega, aff, que carta. Se eu escrevesse fácil assim na minha tese meu orientador ia ficar bem feliz, hehe.

    Te amo querida, beijos!

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  2. Carol, como sempre amei sua reflexão. O importante mesmo é saber o que se quer e o que faz bem. Bem a ti e ao próximo, claro.
    Trabalho fora e maternidade podem sim andar juntos, desde que aja total participação dos pais no mundo do bebê, ao meu ver, muito das atitudes e fugas dos jovens de hoje dá-se a ausência materna e paterna pois na maioria são jovens oriundos de famílias que não souberam passar seus valores... assim como vc mencionou..
    Ai amiga se felicidade tivesse receita, o livro estaria sempre faltando nas prateleiras das melhores livrarias, rs.
    Beijos lindona! Rezo para que estejamos no caminho certo, cada uma a sua maneira!

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